Alguns animais acharam que o babuíno não tinha o direito de fazer tal proibição e, sem medo do seu tamanho ou da sua ferocidade, decidiram fazer-lhe frente. Entre estes animais estava uma jovem zebra chamada Dube.
Curiosamente, nessa época as zebras não eram como agora as conhecemos: o seu pêlo era então branco como a neve.
E a zebra Dube não só era muito branca como também era muito corajosa. Indignada com as acções do babuíno, enfrentou-o, desafiando-o para um combate.
Sabendo que era mais experiente e um grande lutador, o babuíno disse:
- Aquele que perder o combate terá que se afastar para sempre da margem do rio.
E disse à zebra para, na manhã do dia seguinte, se encontrar com ele frente à sua casa.
E assim foi.
O combate foi longo e feroz. Ambos os animais lutavam com energia, usando as suas armas: a zebra lutava com os seus dentes e com os seus cascos afiados; o babuíno recorria aos seus caninos afiados e à sua grande agilidade.
De repente, o babuíno deu um enorme encontrão a Dube, empurrando-o para cima das cinzas e dos troncos meio queimados que estavam na fogueira que havia feito perto de casa. O belo pêlo da zebra ficou cheio de marcas pretas mas, cheia de força, a zebra voltou à luta e derrotou o babuíno que, forçado a cumprir o que havia proposto, fugiu para muito longe.
O babuíno desapareceu e nunca mais foi visto perto do rio. Mas o que não desapareceu foram as marcas no pêlo da zebra que, até hoje conserva com orgulho as marcas do combate graças ao qual todos os animais puderam beber à vontade.
Porque é que as zebras têm riscas
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